Quando o corpo está inflamado o que fazer?

O processo inflamatório tem como principal causa a alimentação inflamatória, o que faz acelerar as doenças e o envelhecimento, portanto listamos alguns exames para pedir na sua rotina de monitoramento. A inflamação ocorre de maneira silenciosa, fique atento aos sinais e sintomas pequenos ou subclínicos. 

 Figura 01. Pele com vermelhidão referente ao processo inflamatório.

Diagnósticos relacionados direta e indiretamente a inflamação

Listamos cinco diagnósticos para descobrir seu perfil inflamatório, criando esse histórico de diagnósticos, você fará uso de alimentos que reduzem a inflamação, em seguida repita os exames periodicamente avaliando sua evolução. Há vários outros marcadores inflamatórios esses são os mais comuns.

1- Proteína C reativa

Função é monitorar a atividades de doenças inflamatórias crônicas.

Valores normais: entre 10mg e 0,8mg/L.

Cabe ao avaliador observar outros marcadores em conjunto para situações específicas e subclínicas.

Os quadros clínicos geralmente elevados são:

-Anticoncepcionais;

-Cirurgias;

-Depressão;

-Diabetes melitus;

-HDL baixo;

-Triglicerídeos alto;

-Doença arterosclerótica;

- Doenças autoimunes: artrite, artrose lupus etc;

- Doenças inflamatórias crônicas: retocolite ulcertiva, febre reumática, vasculites;

-Fadiga crônicas;

-Hipertensão;

-Idade avançada;

-Infecções crônicas;

-Infecções virais, Bacterianas e fungicas;

-Insuficiência Cardíaca;

- Necrose tecidual;

-Obesidade;

-Neoplasias avançadas;

-Osteomelite;

-Sedentarismo;

-Tabagismo;

-Trauma;

-Uremia.

Encontra- se diminuída em :

-Atividade física intensa e prolongada;

-Perda de peso;

-Uso de estatinas.

Figura 02. Caspa é um sinal comum de processo inflamatório.

2- Homocisteína 

A principal análise da homocisteína é tromboembolismo venoso inexplicado, mas em conjunto com outros marcadores pode indicar inflação subclínica.

Valores normais: 5-15 mol/L.

Possíveis causa de níveis aumentados:

-Tromboembolismo arteriais e venosos;

-Deficiência de vitaminas b6, b12, folato, metionina;

-Tabagismo;

-Consumo elevado de cafeína;

-Diabetes melito;

-Hipotiroidismo;

-Hipertrofia da próstata;

-Osteoporose.

3-Ferritina

Avaliar deficiência ou sobrecarga de ferro, porém é um marcador de inflamação em conjunto com outros marcadores.

Valores normais em homens:12-300 ng/mL.

Valores normais em homens:12-150 ng/mL.

Os valores podem esta elevados em:

-Sobrecarga de ferro;

-Inflamação;

-Infecção;

-Alcoolismo;

-Hepatopatia.

4-Gama GT

Marcador de consumo de álcool excessivo, porém em conjunto com outros marcadores pode indicar inflação.

Valores normais em homens: 10-50 U/L.

Valores normais em mulheres: 7-32 U/L.

Valores aumentados em geral:

-Consumo de álcool excessivo;

-hepatite;

-Cirrose;

-Inflamação;

-Diabetes.

5-Fibrinogênio

Marcador de distúrbios de coagulação.

Valores normais: 200-400 mg/dL.

Valores podem estar diminuídos:

-Coagulação intravascular;

-Sepse por bactéria gram negativa;

-Inflamação na próstata.

Valores podem esta aumentados:

-Idosos;

-Tabagismo;

-Diabetes;

-Infarto agudo do miocárdio;

-Ateroescrerose;

-Hipertensão arterial.

Como reduzir a inflamação 

A inflamação acelera seu processo de envelhecimento, quanto mais marcadores altos ou perto do limite alto mais velho o corpo ficará, invista em alimentos anti-inflamatórios, e você diminuirá os problemas da terceira idade.

Bibliografia

SOARES, José M.F.S. Editora: Artmed editora LTDA, local de publicação: Porto Alegre RS, ano da publicação: 2012.

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Qual a relação entre a caseína e o câncer de próstata?

A caseína é uma proteína encontrada no leite e seus derivados, e largamente ingerida pela população em geral, porém veremos a seguir na dissertação desse artigo que ela é uma substância inflamatória e contribui para expressão genética do câncer de próstata protegendo a célula cancerosa.

Caseína e alimentos

A caseína representa a maior parte da proteína do leite em mamíferos que é um fator nutricional para o período de amamentação, sendo fonte de aminoácidos essenciais para nutrir dentro desse período de desenvolvimento, após o esse período a amamentação cessa, em seguida a vida ou o ser em questão se alimentará de outros alimentos provenientes da natureza, não retornando a etapa anterior.

Os alimentos leite e derivados que possuem caseína se suas respectivas porcentagens são:

1-Leite de vaca: aproximadamente 80% das proteínas são caseína;

2-Queijo: superior a 70% das proteínas são caseína;

3-Iogurte: mais de 70% das proteínas são caseína;

4-Manteiga: em torno de 1-2% de caseína;

5-Creme de leite: varia entre 10%-20% de caseína;

6-Coalhada: superior a 70% de caseína;

7-Leite condensado: mais de 50% é caseína;

8-Chocolate ao leite: entre 5-15% de caseína.

Verifique os rótulos nutricionais antes fazer suas compras.

Caseína e o câncer de próstata

Em um estudo foi feito pela Bolsa de Pesquisa da Universidade Nacional de Pusan na Coreia, cientistas provaram que a α-caseína promoveu a proliferação e sobrevivência de determinado grupo células cancerosas em condições isentas de soro. A α-caseína também protegeu as mesmas células da morte celular autofágica.

Em outro estudo avaliou dois tipos de células cancerosas da próstata chamadas de PC3 e LNCaP tratadas com dois tipos de caseina a α-caseína e caseína total. O estudo relatou o seguinte fato: “As células PC3 tratadas com 1 mg/mL de α-caseína e caseína apresentaram proliferação aumentada (228% e 166%, respectivamente), e a proliferação de células LNCaP também foi aumentada em 134% e 142%, respectivamente.”

Em resposta ao título desse artigo com os dois estudos apresentados, conclui-se que o leite é para um uso somente em determinado período da vida após esse tempo, o uso de alimentos mudam, esse fato reduz de modo preventivo as chances de câncer de próstata na fazer adulta.

Diagnósticos para alergia a caseína

Dentre os possíveis diagnósticos para identificar se o indivíduo é ou não alérgico a caseína o artigo citará dois:

1-Testes sanguíneos: o teste consiste em IgE específico para caseína feito em laboratório.

2-Testes cutâneos: o nome do teste é punctura cutânea ”prick test” ou teste intradérmico pode ser usado para avaliar a reação da pele em contato com extratos de caseína.

Caseína e inflamação

A caseína pode ser considerada inflamatória para algumas pessoas o sistema imunológico pode interpretar como substância estranha ao organismo humano, sendo que os principais sintomas ocorrem no intestino, tais como irritação, constipação, fezes com dupla coloração clara e escura, flatulência, diarréia, inchaço abdominal dentre outros.

Para saber se seu corpo está inflamado de forma clínica observe os seguintes sinais: inchaço, dor, calor, vermelhidão e alergias. Porem a inflamação pode ser subclínica em outras palavras pode esta acontecendo de maneira silenciosa onde o diagnóstico clínico não observa ou não consegue de maneira clara identificar, sugerimos que peça seu médico os seguintes exames:

-Proteína c reativa;

-Homocisteina;

-Ferritina;

-Gama gt;

-Fibrinogênio;

-Rdw no hemograma.

Todos esses exames são marcadores inflamatórios indiretamente, a ferritina avalia a sobre carga de ferro, mas em conjunto com esses outros marcadores, você terá uma noção de como esta a inflamação silenciosa se desenvolvendo em seu corpo, a inflamação faz com que acelere o processo de doenças e envelhecimento a depender do grau da gravidade do caso.

Em próximo artigo detalharemos os agentes inflamatórios, e como considerações finais lembre-se que se há algo que inflama a próstata direta ou indiretamente isso vai interferir no aumento dela, aumentando também a conversão de testosterona em dihidrotestosterona ao longo da vida, fique atento.

Bibliografia

1-Kim JY, Bang SI, Lee SD. α-Casein Changes Gene Expression Profiles and Promotes Tumorigenesis of Prostate Cancer Cells. Nutr Cancer. 2020;72(2):239-251. doi: 10.1080/01635581.2019.1622742. Epub 2019 Jun 1. PMID: 31155933.

2-Park SW, Kim JY, Kim YS, Lee SJ, Lee SD, Chung MK. A milk protein, casein, as a proliferation promoting factor in prostate cancer cells. World J Mens Health. 2014 Aug;32(2):76-82. doi: 10.5534/wjmh.2014.32.2.76. Epub 2014 Aug 26. PMID: 25237656; PMCID: PMC4166373.

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Licopeno para que serve?

 

Licopeno é uma substância antioxidante chamada de carotenoide, pigmento encontrado em diversos alimentos se popularizando pelo tratamento preventivo contra a displasia prostática e tratamento preventivo contra o câncer também associado a vários outros benefícios.

Funções do Licopeno

A ingestão dietética de licopeno ou licopeno sérico foi inversamente associada à mortalidade por todas as causas, câncer de próstata, acidente vascular cerebral, doença cardiovascular, síndrome metabólica e infertilidade masculina.

Os mecanismos relatados de ação do licopeno in vivo incluíram regulação de processos oxidativos e inflamatórios, indução de apoptose e inibição da divisão celular, angiogênese e formação de metástases. A predominância de mecanismos particulares parecia depender da localização do órgão tumoral e da capacidade de armazenamento local do licopeno.

Encontramos em três estudos, o licopeno não conseguiu reduzir a carcinogênese da próstata 

mas em dois estudos, o licopeno foi capaz. 

Tendo esses dois fatos como conhecimento, não significa que o uso é absolutamente eficaz 

dependo do quadro clínico do paciente, tais como o tempo de permanecia da metástase, 

condições imunológicas, idade do paciente, alimentação com características inflamatórias ou não, 

dentre outros. 

Os profissionais de saúde preferem classificar como tratamento preventivo o uso de licopeno.

Alimen
tos com licopeno

O tomate é considerado o alimento mundialmente mais rico em licopeno. Os tomates, especialmente quando estão maduros, são uma excelente fonte deste antioxidante. O licopeno é mais biodisponível em tomates processados, como molho de tomate e purê de tomate, em comparação com os tomates crus. Portanto, produtos à base de tomate, como molho de tomate e ketchup, também são fontes concentradas de licopeno. Além dos tomates, outros alimentos ricos em licopeno incluem melancia, goiaba, grapefruit rosa e pêssegos.

Concentrações de licopeno por alimentos:

1-Tomate (cru): Cerca de 0,003% a 0,004% de licopeno.

2-Molho de tomate (cozido): Cerca de 0,015% a 0,03% de licopeno.

3-Melancia: Cerca de 0,004% a 0,0065% de licopeno.

4-Goiaba: Cerca de 0,005% a 0,007% de licopeno.

5-Pêssego: Cerca de 0,0001% a 0,001% de licopeno.

6-Grapefruit rosa: Cerca de 0,001% a 0,002% de licopeno.

7-Mamão: Cerca de 0,001% a 0,003% de licopeno.

8-Aspargo: Cerca de 0,0001% a 0,0005% de licopeno.

9-Batata-doce: Cerca de 0,0001% a 0,0006% de licopeno.

10-Repolho roxo: Cerca de 0,0001% a 0,0003% de licopeno.

11-Cenoura: Cerca de 0,0000% a 0,0002% de licopeno.

Posologia

No mercado atualmente são praticados várias concentrações de licopeno podendo variar de 5 mg até 85 mg nas apresentações comerciais (conforme bula do fabricante) a posologia é feita uma dose ao dia, por tempo indeterminado. Ressaltando que ele é melhor absorvido e bioativado com alimentos gordurosos tais como queijo.

Bibliografia

1-Li N, Wu X, Zhuang W, Xia L, Chen Y, Wu C, Rao Z, Du L, Zhao R, Yi M, Wan Q, Zhou Y. Tomato and lycopene and multiple health outcomes: Umbrella review. Food Chem. 2021 May 1;343:128396. doi: 10.1016/j.foodchem.2020.128396. Epub 2020 Oct 15. PMID: 33131949.

2-Kapała A, Szlendak M, Motacka E. The Anti-Cancer Activity of Lycopene: A Systematic Review of Human and Animal Studies. Nutrients. 2022 Dec 3;14(23):5152. doi: 10.3390/nu14235152. PMID: 36501182; PMCID: PMC9741066.

3-Schwenke, C.; Ubrig, B.; Thürmann, P.; Eggersmann, C.; Roth, S. Lycopene for advanced hormone refractory prostate cancer: A prospective, open phase II pilot study. J. Urol. 2009, 181, 1098–1103.

4-Yang, C.-M.; Yen, Y.-T.; Huang, C.-S.; Hu, M.-L. Growth inhibitory efficacy of lycopene and β-carotene against androgenindependent prostate tumor cells xenografted in nude mice. Mol. Nutr. Food Res. 2011, 55, 606–612.

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