sexta-feira, 2 de junho de 2023

Testosterona e SHBG: quando realmente começa a ação sobre a célula-alvo?

O texto tem o objetivo de informar mais detalhes a respeito de concentrações, proteínas que transportam e da real ação sobre a célula-alvo para efeito da testosterona focado no homem, em outro artigo focaremos nas mulheres dado a complexidade do ciclo hormonal.

Introdução

A globulina de ligação de hormônio sexual (SHBG = GLOBULINA LIGADORA DE HORMÔNIO SEXUAL), é uma proteína responsável por transportar testosterona e hormônios sexuais, a albumina também faz esse transporte, elas são sintetizadas no fígado.

Porque a essa proteína é tão importante: primeiro fato é o transporte, ela é fundamental para levar o hormônio até o local de ação, outro fator é que a ligação é reversível não covalente, ou seja, a testosterona está pronta para se desligar da SHBG, e agir sobre a célula-alvo um exemplo é: promover a ação de desejo sexual potencializando a ereção. Segundo ponto importante: a deficiência da proteína ou a ineficiência no transporte pode acarretar prejuízos a função sexual reprodutiva.

De acordo com a hipótese do hormônio livre, a atividade biológica de um determinado hormônio é melhor refletida pelas concentrações de hormônio livre e não do total, ou seja, a ação da testosterona no momento da utilização pela célula-alvo ela está livre. 




Testosterona x SHBG quando realmente age?

Somente a fração livre é biologicamente ativa sobre a célula alvo: 2% a 3% da testosterona circula de forma livre, ou seja, não ligada. 

O que significa que a quantidade de testosterona para executar a ação na célula alvo é 2% a 3% no sistema vascularizado: promover a ação de desejo sexual ou crescimento da massa muscular, mas pode haver variações em situações mais extremas, tendo em vista que organismo humano tem potencial de adaptação.





Porcentagens na corrente sanguínea
 
Esteroides sexuais tem de 1% a 2% na forma livre, aproximadamente 50% ligada SHBG (25%) e CBG (25%) (GLOBULINA LIGADORA DO CORTISOL), e aproximadamente 48% ligada na albumina. Vale lembrar que: a SHBG carrega esteroides sexuais, tanto andrógenos e estrógenos tendo alta afinidade de ligação. A albumina também carrega tendo uma baixa afinidade de ligação.

Como dito anteriormente 2% a 3% da testosterona circula de forma livre, ou seja, não ligada.

Mais sobre testosterona e  SHBG

1- Alterações da testosterona

Os fatores que influenciam a alteração da ação da testosterona:  Envelhecimento, genética e várias condições patológicas influenciam esse equilíbrio, possivelmente modulando a exposição hormonal aos tecidos-alvo.

Uma das substâncias que podem diminuir a testosterona é o óleo de soja ou derivados dela, pois possui estrogênios, o que ocasiona um desequilíbrio com a testosterona. 

O colesterol “mau colesterol ou LDL” também altera testosterona, se sua comida contem gordura em excesso e alimentos com alto LDL, você pode desenvolver a longo prazo aterosclerose, lembrando que o colesterol é uma molécula de origem da testosterona, porem em níveis altos haverá alterações metabólicas e hormonais.



2- Diagnóstico laboratorial (para profissionais e estudantes da área leitura complexa) 

Para realizar o exame: jejum de 8 horas, sendo o melhor horário 2 horas após acordar pela manhã.

Testosterona total: 270 - 1070 ng/dL (homens)
Testosterona livre: 12 - 40 ng/dL (homens) 

As duas opções de situações 1 e 2 são apenas um exemplo de diagnóstico dentro de infinitas situações que possam ocorrer, peça a seu médico um avaliação mais completa do caso.

1-Considerando que os níveis de testosterona total estão normais se SHBG estiver alto, porem a testosterona livre ou biodisponível baixa, é indicativo que a testosterona está ligada a SHBG por uma alta afinidade.
Possíveis causas: 
-aplicação de estrogênios exógenos (anticoncepcionais).
-tumores testiculares ou ovarianos secretores de estrogênios. 
-hipertireoidismo.

2-Considerando que os níveis de testosterona total estão normais se SHBG estiver baixo, porem a testosterona livre ou biodisponível alta, é indicativo que a testosterona está com a ligações reduzidas com SHBG. 
Possíveis causas:
-obesidade. 
-ovário policísticos.  
-síndrome nefrótica.

Ambos os casos podem gerar problemas, alta demais e baixa demais é necessário um equilíbrio hormonal para atuação efetiva da testosterona livre ou biodisponível sobre a célula-alvo.

Atualmente, as possibilidades clínicas para diagnósticos hormonais livres são limitadas. O método para dosar testosterona livre é complexo e trabalhoso aconselha-se procurar um laboratório de referência, para evitar dados variados nos diagnósticos, tendo em vista as varias proteínas que transportam hormônios sexuais. 

Caso queira um avaliação mais detalhada, peça a seu médico mais exames relacionados, vou deixar para você uma lista do que solicitar:

- testosterona total
- testosterona livre
- dosagem de globulinas ligadoras de hormônio sexual
- espermograma
- dosagem de deidroepiandrosterona (DHEA) 
- dosagem de dihidrotestosterona(DHT) 
- dosagem de pregnenolona
- dosagem de progesterona
- dosagem de prolactina
- dosagem de cortisol
- dosagem de estradiol
- dosagem de estrona
- dosagem de GF1
- dosagem de GH
- glicose sanguínea
- hemograma
- LDL e HDL
- albumina 

Veja que não necessariamente o médico vai pedir toda essa lista, ele vai fazer uma avaliação clínica observando seus hábitos alimentares, rotina de trabalho, stresse, horário de sono e cansaço, movimentos do corpo, como está seu processo digestivo, seu peso entre outros. Por fim, o médico vai relacionar os resultados com suas queixas, fique atento. 
 
assista o vídeo: 
https://k.kwai.com/p/tCJplJgg
https://www.instagram.com/reel/C3TZDT_L6u-/?igsh=Z293cWg5bGk5NjI3

3- O Zinco (Zn 2+)

Qual o segredo do zinco? O zinco é o mineral que se liga para SHBG para transportar testosterona e outros hormônios, em condições de saturação de zinco com a SHBG impacta negativamente, porem mesmo nessas condições mantém alta afinidade do SHBG pela testosterona (permanece inalterada), enquanto sua afinidade pelo estradiol é acentuadamente reduzida, ou seja se o homem fazer uso de alimentos ricos em zinco ele diminui as chances de ligações com o estradiol hormônio responsável por características femininas e garante o transporte de testosterona até o local de ação. 
Vale lembrar que: esses dados sobre o zinco foram obtidos do  trabalho que foi financiado pelo Canadian Institutes of Health Research Grant  e pelo Canada Research Chair in Reproductive Health Tier.

A dieta do brasileiro em geral é pobre em zinco, porem dentre os alimentos ricos em zinco destaca-se: a semente de abóbora. 




caso queira comprar as cápsulas de semente de abobora esta no link abaixo:
https://app.monetizze.com.br/r/AXC22805191

Referencias

NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 6. ed. São
Paulo: Artmed, 201
COSTANZO, Linda S. Editora: Elsevier Editora LTDA, Fisiologia Edição: 2, Local de Publicação: São Paulo, Ano de Publicação: 2002.
SOARES, José M.F.S. Editora: Artmed editora LTDA, local de publicação: Porto Alegre RS, ano da publicação: 2012.
título:N. Narinx,  ”Role of sex hormone-binding globulin in the free hormone hypothesis and the relevance of free testosterone in androgen physiology” revista: Cellular and Molecular Life Sciences volume 79, Article number:543 (2022) DOI: 10.1007/s00018-022-04562-1 
Phillip Round  título: “Molecular interactions between sex hormone–binding globulin and nonsteroidal ligands that enhance androgen activity “revista: journal of biological quimestry

No próximo assunto abordaremos as substâncias que podem reduzir testosterona.

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